Tecnologias Habilitadoras
IoT
Um dos pilares da Indústria 4.0, a Internet das Coisas habilita a extensão do monitoramento e controle digitais a todas as funções organizacionais e a todo o acervo de ativos patrimoniais. Essa abrangência torna-se possível graças ao barateamento dos dispositivos digitais de sensoriamento (micro-controladores e sensores) e ao advento de tecnologias de transmissão de dados sem fio em baixas potências (Low Power Wide Area – LPWA). Segundo o Gartner Group, em relatório intitulado Top Strategic IoT Trends and Technologies Through 2023, serão 14,2 bilhões de objetos conectados em 2019, número esse que atingirá 25 bilhões em 2021.
O desenvolvimento da IoT está intimamente associado ao desenvolvimento da Indústria 4.0. Ao estreitar as conexões dos humanos às máquinas e possibilitar a formação de redes inteligentes de equipamentos, IoT introduz novos subsídios à gestão e à inteligência organizacionais. Clientes, consumidores e demais atores da cadeia de valor são efetivamente envolvidos nas decisões relativas à qualidade e personalização de produtos, em ciclos cujas durações são cada vez menores.
Embora as redes sensoriais digitais estejam extremamente mais acessíveis e sejam claros os efeitos dessa nova camada de monitoramento e controle sobre a efetividade operacional, há de se considerarem as barreiras à integração da Internet das Coisas às arquiteturas organizacionais.
A primeira questão relevante para a adoção de iniciativas de IoT é a existência de vários padrões para transmissão de dados em baixas potências, essenciais à conexão de sensores, atuadores e gateways ao backend. Lo-Ra/LoRaWAN, NarrowBand IoT (NB IoT), Zigbee, Bluetooth Low Energy (BLE) e as especificações baseadas em LTE estão entre as alternativas mais difundidas no mercado. Alcance, faixas de frequência de operação, royalties e compatibilidade com hardwares e redes móveis de dados são alguns dos aspectos a serem considerados na escolha do padrão de transmissão de dados em baixa potência. A DT Action utiliza o padrão BLE desde 2015. LTE-M já se encontra em testes e NB-IoT está no roadmap para o segundo semestre de 2019.
A energização dos dispositivos, nas pontas das redes de sensoriamento, tem sido objeto de vários estudos técnicos e científicos nos últimos três anos. O termo energy harversting retornou dois milhões e meio de resultados, quando submetido ao Google Acadêmico, em fevereiro de 2019 (descontando-se as citações). A seleção e configuração adequados dos dispositivos é fator chave para a disponibilidade e viabilidade das redes de IoT, minimizando custos de reposição de baterias e/ou implementação de infraestrutura de alimentação elétrica. A DT Action, em parceria com a Zapt Tech, vem testando, desde 2017, alternativas de energização para componentes de redes de sensoriamento com resultados expressivos.
Segurança da informação, proteção dos equipamentos contra humidade, calor, poeira e furtos, entre outros, e o balanceamento do processamento dos dados ao longo da cadeia entre as pontas e a nuvem também são desafios determinantes para a viabilidade das iniciativas de Internet das Coisas.
Para prover soluções end-to-end efetivas em IoT, a DT Action compôs alian-ças estratégicas com profissionais e empresas de notório conhecimento nos campos de Engenharia de Firmware, instalação e configuração de redes de transmissão de dados sem fio, desenvolvimento de hardware e software especialistas e homologação/integração de dispositivos digitais. Um dos seus principais parceiros, a Zapt Tech acumula três anos em experiências pioneiras em Indoor Positioning Systems – IPS e People & Asset Tracking.
Brokerage Services
Brokerage Services constituem a fundação para a integração dos ativos corporativos de software às plataformas introduzidas pelas iniciativas de Transformação Digital. Não obstante a diversidade de padrões de interoperabilidade presentes na Industria 3.0, paradigmas entrantes como De-vOps, Microservices e Cloud, aliados aos atuais frameworks de desenvolvimento cross-device e cross-platform trazem, a reboque, novos meios e conceitos para a troca de dados intersistemas.
Brokerage Services constituem a fundação para a integração dos ativos corporativos de software às plataformas introduzidas pelas iniciativas de Transformação Digital. Não obstante a diversidade de padrões de interoperabilidade presentes na Industria 3.0, paradigmas entrantes como De-vOps, Microservices e Cloud, aliados aos atuais frameworks de desenvol-vimento cross-device e cross-platform trazem, a reboque, novos meios e conceitos para a troca de dados intersistemas.
São objetivos da Indústria 4.0 empregar a TI para prover customização massiva de produtos industrializados; prover adaptabilidade e flexibilidade às cadeias produtivas; rastreabilidade total de ativos; detecção tempestiva de incidentes e potencialização da interação homem-máquina (HMI). Nos contextos empresariais decorrentes da busca por esses objetivos, os agentes tecnológicos da Transformação Digital impulsionarão arquiteturas computacionais baseadas em baixíssimo acoplamento, ou loosely coupled systems, como preferem alguns autores. Ações decorrentes de eventos detectados pelos algoritmos de computação cognitiva, a partir dos tráfegos de dados gerados pelas interações machine-to-machine e business-to-business, terão que ocorrer em intervalos em intervalos de tempo cada vez mais curtos a fim de que desastres sejam evitados; a gestão ativa de riscos passará a fazer parte efetiva dos mecanismos de apoio ao gerencia-mento das cadeias produtivas.
As novas demandas de interoperabilidade de baixo acoplamento pressupõem, intrinsecamente, arquiteturas robustas e gerenciáveis de brokerage integration. Os componentes essenciais de arquiteturas de integração corporativa são serviços de APIs e barramentos de serviços corporativos (ESB – Enterprise Service Bus). Enquanto o primeiro tem a missão de organizar as funcionalidades e serviços demandados e ofertados pelos ativos de software corporativos, o segundo se encarrega da localização, transporte e segurança das requisições em tempo de execução; ambos andam de mãos dadas.
A Talend Inc. desponta nesse novo cenário ofertando um portfólio abrangente de tecnologias modernas e acessíveis, incluindo versões gratuitas. Opções open-source, como Mule e Apache Camel, oferecem boa gama de recursos para iniciativas de barramento de integração
BPM 2.0
Embora as ferramentas BPMS – Business Process Suite – estejam presentes na Indústria 3.0, uma nova geração de produtos dessa categoria trazem insumos indispensáveis às revisões de arquiteturas empresariais à luz da Transformação Digital. Essa nova safra de plataformas BPMS, desenvolvidos inteiramente sob padrões da Internet, aderentes à notação BPMN 2 e facilmente interoperáveis, abrem perspectivas inéditas para o BPM nas organizações modernas; pode-se dizer que o mercado experimenta o BPM 2.0.
Embora as ferramentas BPMS – Business Process Suite – estejam presentes na Indústria 3.0, uma nova geração de produtos dessa categoria trazem insumos indispensáveis às revisões de arquiteturas empresariais à luz da Transformação Digital. Essa nova safra de plataformas BPMS, desenvolvidos inteiramente sob padrões da Internet, aderentes à notação BPMN 2 e facilmente interoperáveis, abrem perspectivas inéditas para o BPM nas organizações modernas; pode-se dizer que o mercado experimenta o BPM 2.0.
É notório o impacto positivo do BPM no âmbito dos processos secundários de negócio, ou naquelas rotinas que não fazem parte diretamente das atividades primárias das cadeias de valor. A Transformação Digital, através da capilaridade computacional e da alta conectividade, entre outros benefícios, passa a permitir a aplicação dos recursos de BPMS aos processos primários, com destaque para as funções de monitoramento e controle.
A entrada do BPM nos processos primários de negócio implica novas sistemáticas de aprendizagem organizacional e gestão (pró)ativa de riscos, entre outros benefícios. Fluxos de exceção, antes instanciados quase sempre após a ocorrência dos desastres, passarão a existir como forma de prevenção de acidentes. Dados gerados por redes mesh de sensoriamento ativarão acionadores de alerta e dispararão fluxos de decisão de curtíssimos ciclos nos níveis de chão de fábrica. Fluxos decorrentes desses poderão ser disparados nos níveis tático e estratégico, constituindo uma cadeia de decisão e aprendizagem nunca antes experimentada.
Outro aspecto de destaque da introdução de plataformas BPMS 2.0 nas organizações em transição digital é a interoperabilidade. Fluxos sem intervenção humana podem ser orquestrados por essas ferramentas, permitindo que esteiras de informação trespassem módulos de software e bases de dados interdepartamentais e interempresariais.
A DT Action tem como parceira a fabricante catarinense Neomind, empresa eminentemente focada em sua plataforma Fusion, uma exímia representante dessa nova geração de softwares de automatização e orquestração de processos de negócio.